Visitas de Estudo

 Base Naval do Alfeite


No dia 28 de Maio de 2010, no âmbito do módulo Planeamento da Produção, Preparação da Cozinha e Aprovisionamentos, a nossa turma visitou a Base Naval de Lisboa (BNL), mais conhecida por Base Naval do Alfeite (em virtude da maioria das instalações da BNL se localizarem na antiga Quinta Real do Alfeite), onde tivemos a oportunidade de conhecer por dentro a fragata N.R.P. Corte Real da classe Vasco da Gama, bem como conhecer as instalações da Escola de Tecnologias Navais (ETNA), em particular a cozinha onde é ministrada a formação dessa especialidade.

Pisar pela primeira vez um navio de guerra é uma experiência única, sobretudo quando se é um apaixonado pelo tema militar e quando estamos a falar dos mais modernos navios de guerra que a Marinha Portuguesa tem neste momento. A Corte Real (F332) tem ainda como “irmãs” a Vasco da Gama (F330) e a Álvares Cabral (F331), que na mesma altura se encontrava atracada.

O nome Corte Real diz respeito a uma distinta familia de navegadores portugueses dos séculos XV e XVI, com o nome ligado ao descobrimento da Terra Nova, cerca do ano 1472 por João Vaz Corte-Real.

O nosso cicerone a bordo foi o Tenente Simões, o qual muito simpaticamente nos guiou e respondeu às nossas questões; a visita começou pelo hangar que alberga os dois helicópteros Agusta-Westland Lynx Mk-95, (sim, cromice minha, mas não resisti) mas que na altura não se encontravam a bordo, pois segundo explicaram, quando os navios estão atracados, os helicópteros ficam estacionados na Base Aérea nº 6 no Montijo.

Naturalmente e por questões de segurança, não tivemos acesso a todas as áreas do navio, mas, ainda assim, conhecemos a ponte de comando, centro vital do navio onde nos foi explicado de uma forma geral as funções desempenhadas por todos a bordo bem como o funcionamento do navio, de seguida o armamento de misseis e o sistema de radar, e por fim, a messe dos oficiais, dos praças e a respectiva cozinha.

Após o almoço no refeitório da Base, visitámos a ETNA que tem como missão ministrar cursos técnico-militares às praças da Marinha bem como cursos de promoção para Sargentos. Forma também os agentes da Policia Marítima e dá formação complementar em cursos de aperfeiçoamento aos efectivos da Marinha em áreas tão distintas como sistemas de armas submarinas a cursos de combate a incêndios. Após conhecermos a cozinha onde decorre a respectiva formação na área, assistimos a uma demonstração da turma que frequenta o curso de Mesa e Bar, e que consistiu na elaboração de dois cocktails, dos quais lamentavelmente não me recordo os nomes.

Tenho a dizer que foi um dia muito bem passado, onde tudo decorreu normalmente e sem acidentes (todos vimos onde colocámos os pés, pelo que não foi necessário aplicar os conhecimentos adquiridos com o módulo Cuidados Básicos de Saúde) e, mais uma vez, uma experiência única que não me importava de repetir. Agradeço à nossa formadora Ana Dinis e à Marinha Portuguesa a oportunidade que nos deram, sem os quais esta visita não teria sido possível.

Para ver as fotos deste dia, ir à pagina Alfeite: O Álbum Fotográfico

Sobre a Base Naval do Alfeite:

Fábrica dos Pastéis de Belém

Após várias idas, geralmente aos Domingos e em família, aos Pastéis de Belém em Lisboa como cliente, eis que no dia 04 de Novembro de 2010, a nossa turma acompanhada da nossa mediadora, a Joana Oliveira, visita este marco da doçaria nacional a fim de ver com os próprios olhos a confecção de tão famoso doce que pode atingir as 15.000 unidades por dia.

Como é óbvio, o segredo dos pastéis que tem passado de geração para geração deste negócio familiar não foi revelado, disso nos garantiu o pasteleiro que nos guiou; alíás, da Oficina dos Segredos apenas vimos a porta! Em todo o caso, tivemos a possibilidade de ver o processo desde o estender da massa ao enfornar, em tudo semelhante à confecção dos pastéis de nata que aprendemos no Centro.

Os Pastéis de nata e os Pastéis de Belém embora parecidos no aspecto, são diferentes no que ao sabor diz respeito; a diferença é também notória na massa. Pessoalmente, prefiro os de nata, pois considero-os mais ricos de sabor e de massa mais leve, mas sou suspeito, pois é só o meu bolo de eleição!

Preferências à parte, em termos internacionais o Pastel de Belém foi considerado a 15ª iguaria mais saborosa do mundo pelo jornal The Guardian; já no que ao de nata diz respeito, é muito popular na China, onde chegou através de Macau  no tempo da presença portuguesa, sendo chamado de "dan ta", que significa "pastel de ovo". Empresas de fast food incluiram os "dan ta" na sua oferta de sobremesas, fazendo com que desde finais de 1990s seja possível saborear pastéis de nata em países asiáticos, como no Camboja, Singapura, Malásia, Hong Kong e Formosa.

Gostei sobretudo do espaço, com as suas salas amplas, mantendo o ambiente do séc. XIX, e ver como apesar de estarmos numa Quinta-feira, a afluência em nada diferiu de um fim de semana. Lots of tourists!

No final da visita, que foi breve, tivemos a oportunidade de saborear um pastel que muito bem soube, tendo sido convidados a voltar quando desejássemos. Como sou bastante guloso, à saída atravessei a rua e deliciei-me com um belo pastel de cerveja, que, por sinal, não ficou nada atrás!

Gostei bastante, foi uma visita bastante agradável, o dia estava esplêndido, e é sempre bom passear por uma das zonas mais típicas de Lisboa. Recomendo vivamente.

Sobre a Fábrica dos Pastéis de Belém:













Euroskills

De 09 a 12 de Dezembro de 2010, Lisboa foi a cidade escolhida para receber o Campeonato Europeu das Profissões Euroskills 2010 que decorreu na Feira Internacional de Lisboa, onde cerca de 500 jovens provenientes de 26 países competiram para serem os melhores em 51 profissões.

Este evento cuja organização esteve a cargo do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e do European Skills Promotion Organization, teve a sua origem em 1950, chamando-se na altura Olimpíadas do Trabalho e contando apenas com dois concorrentes: Portugal e Espanha. Actualmente este evento desenvolve-se em anos alternados aos níveis mundial e europeu, designando-se Worldskills e Euroskills respectivamente.

Os jovens que participaram na final da competição europeia e que foram previamente seleccionados em provas realizadas nos seus países, compreendiam idades entre os 17 e os 25 anos, sendo que alguns se encontravam em formação e outros já integrando a vida activa.

Os oficios que estiveram a concurso foram distribuidos pelos seguintes grupos: artes criativas e moda; produção, engenharia e tecnologia; transportes e logística; tecnologias da informação e comunicação; construção civil e obras públicas e serviços pessoais e à comunidade.

Qual o objectico de tal campeonato? Simplesmente demonstrar a importância da qualificação profissional e das competências adquiridas, servindo ao mesmo tempo de canal de captação de jovens para a formação profissional, pois estes foram 30.000 dos cerca de 50.000 visitantes.

Tendo o CFPSA marcado presença em tal evento, a nossa turma teve a oportunidade de efectuar uma visita que decorreu nas tardes de 09 e 10 de Dezembro, acompanhados da nossa mediadora.

O nosso stand esteve representado pelo nosso formador de cozinha, Rui Cravinho, especialista em decorações em frutas e legumes e por alguns formadores de Pastelaria que confeccionaram peças em chocolate e açúcar tendo os visitantes a oportunidade de participarem na confecção de algumas peças ao mesmo tempo que tomaram contacto com o que o CFPSA poderá proporcionar futuramente em termos profissionais.

No que à cozinha diz respeito, o destaque foi grande, assim como a afluência de visitantes, pois estes tiveram a oportunidade de observar in loco vários cozinheiros internacionais confeccionarem pratos com produtos típicos portugueses, nomeadamente a sardinha e segundo creio, bacalhau. Eu e a minha colega Inês tivemos a sorte de participar enquanto degustadores numa destas ocasiões, pois os empregados de mesa participavam na competição a fim de serem avaliados. Deste modo pudemos saborear um vinho branco e várias entradas todas elas deliciosas, confeccionadas por um cozinheiro de nacionalidade húngara, servidas por um empregado de mesa português, aluno da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa.

Sem querer alongar mais, pessoalmente, considero que é patente a importância que um evento deste tipo proporciona, pois permitiu que se tomasse conhecimento das áreas de trabalho mais procuradas a nível nacional e de outros países europeus. Optando por cursos de formação profissional ao invés dos tradicionais cursos universitários já saturados e com poucas perspectivas de empregabilidade, e sendo o contexto profissional cada vez mais exigente, a formação profissional poderá significar a diferença em se ingressar no mercado de trabalho mais facilmente, ou em áreas onde exista procura e pouca ou quase nenhuma mão de obra.

Sobre a Euroskills:
 www.euroskills2010.pt








Na degustação



Euroskills em 1973



Fotos de alguns pratos a concurso


























































Algumas peças feitas pelos Formadores do CFPSA